No início de maio, ministrei duas
Oficinas de Quadrinhos no colégio Nossa Senhora de Lourdes em Farroupilha. Na
ocasião, aproveitei para rever o colégio onde estudei por 9 anos – do pré até a
oitava série. Como dá pra ver nas fotos, as oficinas receberam uma enorme
quantidade de alunos para desenhar HQs. Juntos, os alunos e eu, construímos um
personagem (um unicórnio que foi escolhido pela maioria dos gritos) e criamos
uma tirinha tratando do tema do bullying.
O método utilizado nas oficinas é
deixar as crianças decidirem os personagens e o rumo da história. Tudo isso é
negociado coletivamente. Às vezes funciona, outras vezes não. O processo de ensino-aprendizagem é uma estrada pedregosa.
O meu papel ali no meio é conduzir a
história, questionar as ideias dos alunos no intuito de fazê-los refletir sobre
o que foi dito, solicitar votação quando for preciso decidir por uma boa ideia
entre várias e, no meio de tudo isso, vou ensinando as diferenças entre os
balões, os espaços preenchidos e sua relação com o tempo da história, as
expressões do rosto dos personagens, enfim, a linguagem dos quadrinhos.
Cada aluno desenvolveu individualmente
a sua tirinha a partir da construção conjunta e deu continuidade em um segundo
momento na sala de aula com as professoras. Afinal, toda construção de
histórias em quadrinhos leva tempo pra ser produzida.
Traduzindo em números: 151 alunos e 8
professores participaram das duas oficinas. Para mim, é uma imensa satisfação
poder participar da vida do colégio no ano em que completa seus 100 anos.
Agradecimento especial à bibliotecária Hellen Ferreira pela organização e
recepção das oficinas.
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